A Spiritual Life, the Co-operative Business Model, Green Business, NGOs, the World Social Forum, Solidarity Economics, and Scandanavian pro-Labor Social Democracy are among existing practices which offer an alternative to the prevailing destructive corporate and campaign finance models. Here, I invite people to explore Grassroots Sustainability and Social Responsibility through Social and Ecological Political Economics. The spiritual basis of this discussion is essential.
Thursday, October 2, 2014
Marcos Palmeira, ator e fazendeiro agroecologico
Marcos Palmeira, ator e fazendeiro agroecologico
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Marcos Palmeira
Marcos Palmeira em 2007
Nome completo Marcos Palmeira de Paula
Outros nomes Marcos Viana
Nascimento 19 de agosto de 1963 (51 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Brasil
Ocupação Ator
IMDb: (inglês)
Marcos Palmeira de Paula (Rio de Janeiro, 19 de agosto de 1963) é um ator brasileiro, indicado ao Emmy Internacional em 2013.1
Biografia
Família
O pai de Marcos Palmeira, o diretor José Viana de Oliveira Paula (Zelito Viana), é filho de Francisco Anysio de Oliveira Paula e de Haydee Viana. Francisco e Haydee são também pais de Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho (Chico Anysio) e de Maria Lupicinia Viana de Paula (Lupe Gigliotti). Zelito é um dos mais renomados diretores de cinema. Fundou junto com Glauber Rocha a Mapa Filmes, empresa que dirige até hoje. Marcos foi casado com a diretora artística Amora Mautner, com quem tem uma filha - Júlia. Betse de Paula, irmã de Marcos, é diretora de cinema e foi premiada no Festival de Brasília com o filme, O Casamento de Louise.
Já a mãe do ator é a produtora Vera Maria Palmeira de Paula (conhecida por Vera de Paula), que por sua vez é filha do advogado nascido no Sergipe: Sinval Palmeira, deputado estadual do Rio de Janeiro cassado pela ditadura militar, e de Maria de Lourdes Borges Palmeira, oriunda de tradicional família baiana. Vera e seus irmãos são herdeiros do "coronel" João Borges, herdando sua Fazenda de gado chamada Cabana da Ponte, em Itororó, Sudoeste da Bahia, bem como fazendas de cacau na região de itabuna.
Outros projetos
Marcos é produtor de alimentos orgânicos (sem uso de agrotóxicos) na região serrana do estado do Rio de Janeiro, em Teresópolis. Os produtos da fazenda Vale das Palmeiras são encontrados nos supermercados Zona Sul e em pequenos comércios naturais, todos no Rio de Janeiro. Como consultor, presta assistência em diversos projetos de alimentação orgânica espalhados pelo Brasil, inclusive a implantação do projeto PAIS – Produção Agrícola Integrada Sustentável, na aldeia Xavante de São Pedro, Onça Preta e Parinaíba, na Reserva Parabubure no Mato Grosso.
Desde Junho de 2008, Marcos Palmeira apresenta um programa semanal na TV Cultura chamado A'Uwe. A'Uwe vai ao ar todos os domingos, às 17h, e é o único espaço da televisão brasileira 100% dedicado aos índios. Em sua adolescência, Marcos Palmeira conviveu com índios Xavantes e foi batizado por eles como Tsiwari, que significa "sem medo". Desse intercâmbio cultural, Marcos trouxe na bagagem a percepção de coletividade e muitas outras referências. Em 2003, Marcos Palmeira recebeu um pedido de socorro de um cacique Xavante que havia conhecido 20 anos antes: os índios das aldeias São Pedro e Onça Preta, na Terra Indígena de Parabubure, no estado do Mato Grosso, estavam em sérias dificuldades e queriam conhecer e iniciar o cultivo orgânico de alimentos. Desejavam também divulgar suas tradições, para que as pessoas nas cidades entendessem a importância de manter a cultura de cada povo indígena do Brasil. A preparação durou 1 ano e, em 2004, Marcos liderou uma expedição composta por amigos de várias áreas de atuação e, por 15 dias, essa equipe viveu com os índios xavantes daquelas aldeias. Dessa vivência nasceu o documentário Expedição A’Uwe - A Volta de Tsiwari, que 4 anos mais tarde, deu origem à série A’Uwe na tela da TV Cultura. Em cada programa, Marcos leva ao grande público documentários feitos por índios e não-índios que mostram rituais, conflitos, tradições e histórias sobre as diferentes etnias indígenas. O programa também tem um site e um blog sobre o tema indígena: www.tvcultura.com.br/auwe
Carreira
Sua estréia como ator, se deu primeiro nas telonas, com apenas 5 anos de idade, em uma participação no filme Copacabana Me Engana, de 1968.
Em 1983, formou-se na CAL (Casa de Arte das Laranjeiras).
Já na televisão, seu primeiro trabalho, foi na Rede Globo, quando participou da primeira fase da telenovela Mandala, de 1987.
Em 1990, transferiu-se para a Rede Manchete, onde protagonizou, ao lado de Marcos Winter, Cristiana Oliveira e Paulo Gorgulho, a telenovela Pantanal. A mesma foi sucesso de crítica e público, tendo ameaçado por diversas vezes a liderança absoluta da Globo. Depois, ainda na mesma emissora, com Cristiana Oliveira, protagonizou a novela Amazônia, de 1991.
Em 1992, retornou à Globo para uma participação em um episódio do Você Decide, emissora na qual permanece até o prezado momento, e desde então passou a ser convidado somente para papéis de suma importância em produções televisivas.
Em 1993, protagonizou ao lado de Antônio Fagundes e Adriana Esteves a novela Renascer, repetindo assim a parceria de sucesso com o autor Benedito Ruy Barbosa, que também assinou Pantanal, que lançou o ator ao estrelato.
Em 1995, foi um dos protagonistas do remake de Irmãos Coragem, e no ano seguinte, esteve presente no elenco de Salsa e Merengue, como um dos personagens centrais.
Em 1998, viveu o advogado Alexandre Leme Toledo que se envolve com a garçonete Sandrinha, a grande vilã da história, na novela Torre de Babel. Posteriormente, despontou como o jornalista Chico Mota de Andando nas Nuvens, tendo feito par romântico com Débora Bloch.
Em 2001, retornou ao posto de protagonista do horário nobre ao encarnar o pescador Gumercindo "Guma" Vieira em Porto dos Milagres.
Em 2002, voltou a atuar com Benedito Ruy Barbosa na novela Esperança. Seu personagem entrou no meio da trama, que vinha enfrentando problemas com a audiência, com a intenção de alavancar os números da mesma.
Em 2003, protagonizou Celebridade, grande sucesso de Gilberto Braga onde viveu o cineasta Fernando Amorime e interpretou o sanitarista Osvaldo Cruz no curta metragem de Silvio Tendler.
Em 2006, após dois anos afastado das novelas, participou de Belíssima como o delegado Gilberto, par da co-protagonista Vitória, personagem de Cláudia Abreu.
Entre 2005 e 2007, esteve a frente da série policial Mandrake, como o personagem principal. A série foi feita em parceria pela Conspiração Filmes e o canal pago HBO, tendo sido transmitida em rede nacional pelo segundo.
Em 2008, repetiu par com Cláudia Abreu ao protagonizar a novela Três Irmãs.
Em 1º de Junho de 2008 começou a apresentar o programa semanal na TV Cultura.
Acumula uma série de atuações no cinema, entre elas: o longa metragem Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão (2000), em que interpretou o famoso compositor ainda jovem; Dom (2003), baseado no livro Dom Casmurro, em que viveu Bentinho e fez par com Maria Fernanda Cândido; O Homem que Desafiou o Diabo (2007) e A Mulher do meu Amigo (2008).
Em 2009 pode ser visto em Cama de Gato, na pele do protagonista, o empresário Gustavo Brandão.
Já namorou a atriz Ana Paula Arósio.
Em 2012 voltou às novelas em Cheias de Charme, onde viveu o malandro Sandro Barbosa.
Em 2013 interpretou Augustão, o segurança da cantora de axé Sereia que é assassinada em pleno Carnaval na minissérie O Canto da Sereia 2 , e no segundo semestre do ano interpretou Seu Cazuza no remake de Saramandaia.
Em 2014, é anunciado que o ator terá um papel de destaque no remake de O Rebu, interpretando o delegado Pedroso.3 4 No segundo semestre do mesmo ano, protagoniza a série do Multishow, A Segunda Vez, no papel de Raul, um jornalista que ao perder o emprego e a mulher, se envolve com o mundo da prostituição de luxo de São Paulo. 5 6 7 8 9 10 Ainda em 2014, é anunciado no elenco de Babilônia, novela de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, que substituirá Império.11
Veja historico em baixo.
Entrevista com Marcos Palmeira sobre agroecologia
Defensor e produtor de alimentos orgânicos, o ator global alerta: ‘‘Quem usa veneno, não come!"
Sexta, 07 de maio de 2010
Cíntia Melo - cintia@souecologico.com.br
Ator é dono de uma fazenda que produz 60 tipos de produtos orgânicos - Fotos: Manoel Marques
Ator é dono de uma fazenda que produz 60 tipos de produtos orgânicos - Fotos: Manoel Marques
Sabe aquela naturalidade típica do homem do campo? É essa que fala mais alto quando se conversa com o ator Marcos Palmeira, de 46 anos. Mais que um galã global, um brasileiro cortês e atencioso, de uma simplicidade encantadora. Um cidadão consciente e extremamente agradável, que acredita na produção agrícola orgânica e sustentável em grande escala, no equilíbrio natural do planeta e em um mundo capaz de contemplar a justiça social.
Longe dos estúdios, Marcos é dono de uma fazenda agroecológica em Teresópolis, na Região serrana do Rio de Janeiro. Lá, são produzidos cerca de 60 tipos de alimentos, todos orgânicos. O fã declarado e incondicional da agricultura ecológica conta que já na infância foi seduzido pelos desafios de uma fazenda agrícola mais integrada e sustentável. Nascido no Rio, iniciou a vida artística aos seis anos, no curta "Copacabana Me Aterra", de Artur da Távola. Aos 11, estreou no teatro com a peça "Édipo Rei" e, em 1987, marcou presença na TV com a novela Mandala. Depois vieram: Pantanal, Renascer, Torre de Babel, Porto dos Milagres, Celebridade, Belíssima e Cama de Gato.
Na vida real, atuando como ator ou produtor, a proposta de uma agricultura mais abrangente, socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável, que respeite a vida, o homem, a natureza e o planeta, parece ser seu principal horizonte. Confira:
De onde vem o seu gosto pela agroecologia? ´
Da minha infância. No interior da Bahia, em Itororó, próximo a Itabuna, numa fazenda de produção convencional. Meu avô, que tocava o negócio, era comunista, havia sido cassado e levantava questões interessantes que, desde aquela época, ficaram na minha cabeça. Por que comprar, por exemplo, alimentos na feira, quando se tem uma fazenda? Por que produzir somente carne ou leite, se há espaço para fazer muito mais que isso, e de forma integrada? Meu avô questionava tudo isso numa época em que ninguém conhecia a palavra sustentabilidade e, os orgânicos, ainda não estavam na moda.
Você chegou a trabalhar na fazenda?
Depois que meu avô morreu, comecei a ajudar na organização da fazenda. Tinha uns 23 anos na época. E por uma diferença de pensamento e mentalidade - sempre achei que ela deveria ser reflorestada e que tínhamos de investir na preservação das nascentes - resolvi me afastar dessa relação familiar. Acreditava no resgate de tudo o que a fazenda tinha originalmente. Só que eu não tinha nenhuma formação. Só o ideal, a necessidade de defender e colocar em prática as minhas ideias.
E quando conseguiu fazer isso?
Só quando realizei o sonho de comprar minha própria fazenda, a Vale das Palmeiras, no Rio de Janeiro. Foi em 1997 e, naquela época, só pensava em produzir leite, criar cavalos... Não imaginava grandes projetos, mas sempre me preocupei em ter uma alimentação de qualidade. E como a fazenda, de 200 hectares, já produzia legumes e verduras de forma convencional, logo descobri que ali ninguém comia o que plantava. Que nada que se produzia era levado para casa. Perguntei o motivo e os trabalhadores rurais me disseram que era porque usavam muito veneno nas plantações. O veneno que era, e continua sendo usado hoje em milhares de fazendas, vinha disfarçado de "reforço para o solo", de "remédio para a planta". O convencional cultivo com agrotóxicos. Por isso, pedi ao Rildo (de Oliveira Gomes), grande amigo e parceiro de infância, criado comigo na Bahia e que na época me ajudava na fazenda, que parasse de colocar veneno em nossos cultivos. Só que eu disse isso sem método nenhum, sem saber no que ia dar.
O que aconteceu?
Como não planejamos nada, perdi toda a lavoura de 1997. E perdermos várias outras colheitas até que o Rildo conheceu o "seu" João Carlos Avila, da Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica, de Botucatu (SP). Com o apoio dele, começamos a esquecer a planta e passamos a pensar no solo. O João literalmente fez a nossa cabeça em relação aos orgânicos e à biodinâmica. A cada dia me aprofundava mais nessa história. Comecei a estudar antroposofia e não parei mais. Mergulhei fundo nesse universo. Ele nos ensinou a focar na qualidade do solo, com o uso da adubação verde, e a evitar os defensivos biológicos. Passamos também a investir na recuperação dos pastos. Aprendemos a ampliar nossa visão das coisas e a compreender, por exemplo, que a tiririca, antes vista como praga, pode servir como um excelente esterco ou que a galinha d'angola serve para comer formiga e não ataca a lavoura. Chegamos a um nível tal que, hoje, não temos mais nenhuma praga em nossa propriedade.
Quando os resultados começaram a aparecer?
No meio desse caminho sofremos um baque enorme. O Rildo sofreu um assalto e morreu assassinado. Com tempo, continuamos os trabalhos iniciados com ele e progredimos. Hoje, com ajuda do engenheiro agrônomo Aly Ndiaye (gerente da fazenda), fomento a agroecologia como uma agricultura viável, que transcende as fronteiras da nossa fazenda. Não acredito mais na agricultura convencional, nem nessa conversa de que só com agrotóxicos podemos produzir alimentos. Ou de que só os transgênicos poderão resolver o problema da fome no mundo. Para mim, isso é mais uma forma de concentração de riqueza e de má distribuição de renda. Acho que na fase de transição da agricultura convencional para a orgânica, o defensivo pode ser importante. Eu é que fui mais radical nessa 'linha verde, limpa' e preferi abolir a cultura química.
Quantos itens sua fazenda produz? Você só consome produtos orgânicos?
Cerca de 60, incluindo leite, queijo, ricota e iogurte. Além de mais 40 tipos de legumes, verduras e frutas. E claro que como de tudo! Em casa sou 100% orgânico. Na rua, faço como posso. Não sou radical, mas acho que o consumo de alguns produtos básicos, como hortaliças, é muito importante.
Sua fazenda é sustentável?
Há pelo menos quatro anos ela é sustentável e totalmente viável, mas muito mais por questões administrativas do que de produção em si. Hoje, poderia morar nela e viver do que produzo. Mas, isso em condições diferentes da minha outra profissão, de ator. Vendemos nossos produtos para uma rede de supermercados da Zona Sul do Rio. Também fazemos entregas em domicílio e em algumas lojas naturais.
No entorno dela ainda se produz de forma convencional ou você conseguiu 'contaminar' seus vizinhos?
Não. Os produtores da vizinhança não estão nem aí para a produção orgânica. Querem mais é explorar a mão de obra que têm e trocar de carro, enquanto o peão continua andando de bicicleta. A produção é toda convencional. Sempre naquele esquema de meia, em que os peões ficam à mercê de um preço de mercado que ninguém sabe exatamente qual é. Esses produtores ainda não acreditam na agricultura orgânica. Não há marketing de produtos orgânicos e a pressão em torno dos convencionais é muito forte, com grandes indústrias e empresas de veneno por trás de tudo, "ajudando" os produtores.
Você aplica a filosofia agroecológica na gestão de seus funcionários?
Isso sempre fez parte do meu temperamento. A vida inteira estive próximo ao pessoal do campo, graças à minha experiência na Bahia. Já tinha a visão da importância de valorizar essa mão de obra. Esses trabalhadores são peça fundamental do processo produtivo. Sou apenas a pessoa que fomenta as condições para que eles se descubram. Fizemos um trabalho de conscientização e participação dos peões em nossa fazenda para que as ideias deles apareçam em todo o processo produtivo. De modo que tudo parta deles.
Que benefícios a agroecologia traz para você e o planeta?
A preservação da fazenda, a qualidade de vida das pessoas que trabalham comigo e o fomento do projeto de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais) no Brasil. Ao invés de oferecer Bolsa Família, damos condições ao cidadão para produzir e viver do excedente de sua produção dignamente. E ainda fomentamos uma rede de produtores, com parceiros no Sul do Brasil e em São Paulo, onde tentamos aumentar o mix de produtos orgânicos e, com isso, chegar a um preço final de venda mais acessível para o consumidor.
É possível um orgânico mais barato? Há subsídios no Brasil para a agroecologia?
É claro que não vamos ter o mesmo preço do produto convencional. Temos um preço justo, diferente dos produtos padrões, nos quais não estão embutidos todos os 'custos' que o consumidor vai ter ao comer produtos cheios de defensivos agrícolas, altamente nocivos à saúde. Hoje, a oferta de incentivo vem surgindo. Acredito que alguns bancos financiem projetos agroecológicos a juros baixos. Todo mundo está preocupado com a ecologia e a empresa que não tiver essa 'consciência' ficará fora do mercado. Mesmo quem não quer acaba cedendo.
Acredita na produção agroecológica em larga escala?
Acho totalmente possível. E parto do princípio básico de que devemos primeiro alimentar nosso vizinho, depois as outras pessoas. Acredito também que a filosofia da agricultura familiar é o caminho para erradicarmos a fome no Brasil. O orgânico respeita o tempo de cada produto. Respeita a terra e, por isso, respeita o meio ambiente. No caso do produto convencional, com agrotóxico, existe a urgência, que não é própria da vida, de ficar tudo pronto logo. O resultado disso é um alimento artificial.
Seus amigos seguem sua filosofia de produção limpa?Alguns amigos meus têm fazenda ou sítio e me procuram. Quando acontece, crio um esquema de consultoria. É o caso da Fernanda Montenegro, do Angelo Antônio... A proposta é viabilizar a produção deles de forma orgânica. Esse também é um trabalho muito bacana! Com agroecologia aprendi a ser mais paciente, a ter mais respeito e entendi que não adianta querer acelerar os processos de produção. Na vida não existe praga, mas desequilíbrio. Por isso, diante de um conflito, devemos parar e nos acalmar, para entendermos melhor que somos muito mais que aquele problema pontual. Aprendi, ainda, a respeitar e aceitar as diferenças. A ideia de que tudo tem que ser igualzinho não vale nessa que é, acima de tudo, uma filosofia de vida.
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A carreira de ator ajuda na de agricultor ecológico?
O fato de eu ser um ator conhecido me ajuda a fomentar a agroecologia. Viajo bastante, faço palestras sobre minhas experiências de produtor e percebo que o fato de ser popular ajuda. Por outro lado, entre meus colegas da TV, que optam por uma vida mais natural, mas que não entendem bem o que é verdadeiro e o que não é, e que ainda fazem confusão com termos como hidroponia, por exemplo, tento ajudar com o que aprendi. Acho que atuo dos dois lados. Procuro fomentar todo o conhecimento agroecológico que adquiri. Esse é o meu foco.
Acredita que o vegetarianismo pode livrar o mundo da fome?
Não. O equilíbrio pode vir sem que sejamos radicais. Mas, acho que não devemos expandir ainda mais a pecuária. Não precisamos comer tanta carne. Muitas espécies de peixes hoje só são criadas em cativeiro. O que comprova que a nossa fórmula de desenvolvimento anda meio falida. Já avançamos na nossa política ambiental, mas ainda falta muito. Na agricultura, por exemplo, ainda vivemos o agribusiness. A pressão dos produtores de soja e de milho ainda é muito grande sobre os agricultores que realmente produzem outros alimentos, como feijão, inhame, vagem, quiabo...
Você disse que seu avô já falava de sustentabilidade muito antes de essa palavra começar a ser usada. E hoje, como vê seu uso no Brasil?
Há muito marketing por trás dela. Não fosse assim, não haveria Belo Monte, nem pré-sal no Brasil. Não há nada mais insustentável que o petróleo. Poderíamos investir em tanta coisa mais bacana...
Que recado deixa aos nossos leitores?
Procurem se informar sobre a origem dos alimentos que estão consumindo. Independentemente de serem orgânicos ou não. Cobrem qualidade e garantia de que o que estão comendo não vai lhes fazer mal. Essa responsabilidade de cobrar dos fornecedores é fundamental. É nossa. Saber como é produzido o que comemos permite que façamos uma seleção do que estamos levando para casa.
Um sonho?Que a gente realmente viva em um mundo com justiça social. Às vezes, temos a impressão de que não estamos caminhando para isso, mas acredito que há uma evolução natural das coisas e que vislumbrarmos direitos iguais para todos, em seu significado mais fundamental, pode se tornar realidade um dia.
Cinema
1968 - Copacabana Me Engana .... direção Paulo Alberto Monteiro de Barros (Artur da Távola)
1982 - O Segredo da Múmia .... Marcos Viana
1984 - Garota Dourada
1984 - Nunca Fomos Tão Felizes .... Estudante Interno
1984 - Memórias do Cárcere
1985 - Avaeté - semente da vingança
1986 - A Cor do seu Destino .... Raul
1986 - Fulaninha
1986 - Os Trapalhões e o Rei do Futebol
1986 - Trancado por Dentro .... Cadú
1987 - Ele, o Boto
1987 - Leila Diniz
1987 - Romance da Empregada
1987 - Um Trem para as Estrelas .... Jacaré
1988 - Dedé Mamata .... Alpino
1990 - Barrela: Escola de Crimes.... Tirica
1990 - Carnaval .... Beto
1990 - Stelinha .... Eurico
1991 - Vai Trabalhar, Vagabundo II - A Volta
1995 - Carlota Joaquina, princesa do Brazil.... D. Pedro I
1996 - Buena Sorte… Edgar
1997 - Anahy de las Misiones…Solano
1997 - O Amor Está no Ar .... Carlos Henrique
1998 - Como Ser Solteiro .... Julinho
2000 - Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão .... Heitor Villa-Lobos
2001 - O Casamento de Louise .... Bugre
2003 - Dom .... Bentinho
2003 - Oswaldo Cruz - O Médico do Brasil.... Oswaldo Cruz
2007 - O Tablado e Maria Clara Machado
2007 - O Homem que Desafiou o Diabo.... Zé Araújo/Ojuara
2008 - A Mulher do meu Amigo.... Thales
2009 - Bela Noite para Voar.... Carlos Lacerda
2012 - E Aí... Comeu?
2013 - Vendo ou Alugo.... Jorge
Televisão
1987 - Mandala .... Creonte
1988 - Vale Tudo .... Mário Sérgio
1990 - Pantanal .... Tadeu
1990 - Desejo.... Solon
1990 - Les cavaliers aux yeux verts.... Joachim
1991 - Amazônia .... Caio / Lúcio
1992 - Você Decide, Laços de Família
1993 - Renascer .... João Pedro
1994 - Memorial de Maria Moura .... Cirino
1995 - Irmãos Coragem .... João Coragem
1996 - Salsa e Merengue .... Valentim
1996 - A Vida Como Ela É .... Vários personagens
1996 - A Comédia da Vida Privada, A Próxima Atração
1998 - Torre de Babel .... Alexandre Leme Toledo
1999 - Andando nas Nuvens .... Chico Mota
2000 - Esplendor .... Francisco Hodges
2000 - Brava Gente.... Bolado
2001 - Porto dos Milagres .... Gumercindo "Guma" Vieira
2002 - Coração de Estudante .... Julio Rosa
2002 - Esperança .... Zequinha
2003 - Celebridade .... Fernando Amorim
2004 - Histórias de Cama & Mesa .... Bob
2005 - Belíssima .... Delegado Gilberto Moura
2006 - Cilada
2007 - Mandrake .... Mandrake
2008 - Três Irmãs .... Bento Rio Preto
2008 - Casos e Acasos, O Encontro, O Assédio e O Convite.... Renato
2009 - Cama de Gato .... Gustavo Brandão
2012 - As Brasileiras ... Anderson/Fernando (Episódios: A Justiceira de Olinda e A De Menor do Amazonas)
2012 - Cheias de Charme .... Sandro Barbosa
2013 - O Canto da Sereia .... Augustão (Agostinho Matoso)
2013 - Saramandaia .... Seu Cazuza Moreira
2014 - O Rebu .... Delegado Nuno Pedroso
2014 - A Segunda Vez .... Raul
Teatro
1981 - O Diamante do Grão Mongol
1982 - "Os Meninos da Rua Paulo"
1984 - "Maria Minhoca"…
1984 - "Chapetuba Futebol clube"… Zito
1986 - "Uma Lição Longe Demais" … Valente
1987 - "Ligações Perigosas" - Dansenir
1993 - "Othello" … othello
1999 - "Adão e Eva"… Adão
2000 - Mais Uma Vez Amor … Rodrigo
2007 - Auto de Anjicos … Lampião
Prêmios
Ganhou o Kikito de Ouro de melhor ator, no Festival de Gramado, por Barrela - Escola de Crimes (1990).
Ganhou o Kikito de Ouro de melhor ator coadjuvante, no Festival de Gramado, por Dedé Mamata (1988).
Ganhou o Troféu Candango de melhor ator, no Festival de Brasília, por Anahy de las Misiones (1997).
Ganhou o Prêmio Trip Transformadores na categoria Alimentação - Gestão e Inteligência, da revista Trip (2008).
Foi indicado para o Emmy Internacional 2013, na categoria de Melhor Ator Internacional, por Mandrake
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